O que é terremoto?
O terremoto, sismos ou abalos sísmicos são tremores propagados ao longo da crosta terrestre. Esses sismos são resultantes da liberação de energia causada pelas tensões internas da Terra. Elas são ocasionados, geralmente, pelo movimento de placas rochosas (placas tectônicas) bem como por atividades vulcânicas.
Teoria do Rebote Elástico
O movimento das placas tectônicas gera tensões ao longo da crosta terrestre que se acumulam ao longo do tempo. Desse modo, a tensão acumulada deforma as rochas em ambos os lados de uma falha e, quando essa tensão excede a resistência da rocha ao longo dessa falha. Por conseguinte, esta sofre um deslizamento liberando toda a energia acumulada na rocha, originando um terremoto.
Assim, a ruptura de uma falha em um abalo sísmico começa no foco e propaga-se por todo o plano de falha, irradiando ondas sísmicas pra onde ela esteja se movendo.
- Foco: ou hipocentro é o ponto ou região no interior da Terra onde as rochas tensionadas sofrem ruptura ou deslocamento, de forma a produzirem ondas elásticas que se propagam pelas rochas produzindo um terremoto.
- Epicentro: é um ponto da superfície terrestre diretamente acima do foco de um terremoto.
- Ondas sísmicas: são movimentos vibratórios das partículas das rochas que se transmite por superfícies concêntricas devido à libertação de energia no foco sísmico.
Rompimentos de falhas durante o terremoto
A Zona de Falha é uma região na qual a liberação de energia cinética causada por um terremoto pode aumentar a tensão em uma falha próxima. Assim, leva à ocorrência de novos sismos. Essas falhas geram um movimento nos blocos de rocha, criando um nível de fricção que pode ser suficientemente alto para movê-las. Quando isto acontece, as forças nas placas continuam a empurrar a rocha aumentando a pressão aplicada na falha. Dessa forma, podem gerar mudanças que podem ser ou não visíveis na superfície da Terra.
Essas falhas podem ser divididas em 3 grupos:
O que é sismógrafo?
O sismógrafo é um aparelho que produz o sismograma onde são registrados o tempo de chegada e a amplitude de diversas ondas sísmicas produzidas pelos tremores. Esse aparelho não funciona por si só, mas sim, com a ajuda de um sensor chamado sismômetro que detecta desde pequenos abalos até grandes terremotos.
O sismômetro consiste em uma bobina que envolve um imã pendurado numa mola. Toda vez em que ocorrem tremores, o imã balança e produz na bobina uma corrente elétrica que é transmitida por meio de cabos até o sismógrafo. Dentro dele, há uma espécie de caneta que é acionada pelos impulsos elétricos e move-se sobre um cilindro de papel compondo os sismogramas.
Quais os tipos de ondas sísmicas?
- Ondas P: ou ondas primárias, são ondas compressivas (longitudinais). Isso significa que fazem com que a matéria seja comprimida e distendida alternadamente na direção de propagação da onda. Elas são muito velozes e se propagam no meio sólido e líquido.
- Ondas S: ou ondas secundárias, são ondas transversais ou de cisalhamento. Isso significa que fazem com que a matéria seja deslocada perpendicularmente à direção de propagação da onda. Elas se propagam mais lentamente do que as ondas P, no entanto, a energia do seu movimento é muito maior do que a mesma, o que significa que as ondas S causam mais danos do que as P.
- Ondas de superfície: são ondas que se propagam na superfície da Terra de forma análoga às ondas marinhas, e são geradas quando as ondas P e S chegam na litosfera e sua velocidade é menor do que a das demais ondas. As ondas de superfície podem ser subdivididas em dois tipos: as ondas Rayleigh, em que a superfície do chão se move em movimento elítico ondulante e as ondas Love, em que o chão se movimenta lateralmente sem movimento vertical.
Onde tem maior ocorrência?
O Círculo de Fogo do Pacífico é a região marcada pela maior atividade sísmica do mundo. Isso ocorre porque a placa tectônica do Pacífico está em constante movimento de convergência com as demais placas tectônicas vizinhas onde são formados arcos vulcânicos e fossas oceânicas que, constantemente, provocam grandes tremores de terra ao longo da crosta terrestre. Além disso, mais da metade dos vulcões ativos no mundo, acima do nível do mar, estão localizados nessa área.
Somente o Japão corresponde a cerca de 20% da atividade sísmica de magnitude igual ou superior a 6 na escala Richter. Em média, os sismógrafos captam algum tipo de abalo no Círculo de Fogo a cada cinco minutos.
No entanto, os abalos sísmicos trazem alguns danos para a sociedade como a destruição de construções e deslizamentos de terra, que colocam em risco a vida humana. Hoje em dia, com as tecnologias desenvolvidas ao longo dos séculos, existem alguns meios de reduzir os impactos que os terremotos nos trazem, por exemplo, os amortecedores eletrônicos ou de molas que são utilizados na construção civil japonesa. Esses amortecedores funcionam de forma semelhante à suspensão de veículos e dissipam a energia que é transmitida através do abalo sísmico quando a estrutura predial se movimenta em direções opostas, fazendo com que o prédio não seja destruído.
Casos de grande repercussão
Alguns dos piores desastres naturais já registrados ocorreram em países localizados no Círculo de Fogo. Um deles foi o tsunami de dezembro de 2004, que matou 230 mil pessoas em 14 países no Oceano Índico, após um tremor de magnitude 9,1.
Outros dois desastres famosos na área ocorreram no Chile: o primeiro, em 1960, foi um terremoto de magnitude 9,5 – o pior já registrado na história – que matou 2 mil pessoas; outro tremor, em 2010, deixou 800 mortos e cerca de 20 mil desabrigados.
Autora: Luísa
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