A mineração é uma atividade extremamente importante no desenvolvimento das civilizações desde a Pré-História. Atualmente, é essencial para o funcionamento de diversas indústrias no mundo pois vários materiais e produtos químicos advém dessa atividade. Porém, embora a mineração traga muitos benefícios, ela também contribui para o esgotamento dos recursos naturais e por isso se deve pensar no reaproveitamento.
No dia 1° de agosto de 2018, foi declarado o Dia da Sobrecarga da Terra. Sendo assim, esse marco representa que, no período do início de janeiro até essa data, que muda a cada ano, os recursos da Terra disponíveis para um ano já foram totalmente consumidos. Portanto, cada vez mais a mineração, deve ter os processos que a envolvem sendo otimizados, focando na economia e no reaproveitamento dos recursos e redução de rejeitos.
Minerodutos: uma alternativa para economia de água
Os minerodutos são meios efetivos de transporte de minério para longas distâncias e para grandes quantidades de material. Dessa forma, o IBRAM (Instituto Brasileiro de Mineração) informa que 16,5% da vazão total outorgável para cursos d’água em processos produtivos é direcionada aos minerodutos.
Além disso, a água utilizada nesses meios de transporte é a mesma utilizada no beneficiamento do minério de ferro. Assim, essa água retorna ao meio ambiente, completando o ciclo hídrico.
Há discussões entre os ecologistas e os empresários da mineração sobre o uso dos minerodutos, abordando a questão da água. Portanto, neste link você pode aprender mais sobre os minerodutos e as vantagens e desvantagens desse sistema.
Reaproveitamento de rejeitos: pelotagem e biolixiviação
Quando a extração do minério entra na fase de beneficiamento, os rejeitos são uma questão problemática. Atualmente, há várias soluções alternativas para o destino desses rejeitos. Além das conhecidas barragens de rejeitos, há soluções bem interessantes, como a pelotagem e a biolixiviação.
A pelotagem é um método que consiste em formar pelotas com os finos que são descartados no beneficiamento do minério de ferro. Essas pelotas são usadas na fabricação do aço.
Já a biolixiviação é um método mais inovador. Nela são formadas pilhas de rejeito em locais impermeáveis ligados a um sistema de drenagem. A partir daí, aplica-se uma solução aquosa com bactérias que produzem uma solução ácida e oxidante, que percorrerá a pilha de rejeitos. Com isto, há a liberação do metal que será concentrado em outros processos e extraído por precipitação. Esse processo é bastante utilizado em minas da Austrália, África do Sul e Canadá.
E no Brasil, o que está sendo feito?
No nosso país, há uma iniciativa da Finep (Financiadora de Inovação e Pesquisa) e do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) denominada Inova Mineral. O investimento dessa parceria soma aproximadamente R$ 1,18 bi.
O objetivo é realizar investimentos na tecnologia, sustentabilidade, inovação e otimização de processos buscando o desenvolvimento das empresas brasileiras da área da mineração.
Autor: Lucas Vieira
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