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Como areia de qualidade pode ajudar na construção civil

 

Existem diversos problemas na construção civil, veja mais aqui, que podem ser causados quando a obra é exposta a situações adversas. Esses problemas podem desvalorizar o empreendimento, além de gerar altas despesas. Alguns deles são causados devido a falta de qualidade da areia, por exemplo, que é um material muito utilizado na fabricação de concretos e argamassas.

Patologia de construção civil

A patologia de construções é o estudo que diagnostica os problemas de uma obra durante sua vida útil.  O termo patologia é o mesmo da medicina e significa estudo das doenças. Do mesmo jeito, a obra pode apresentar defeitos ou não atender mais as funções para as quais foi planejada. Desse modo, é preciso fazer uma inspeção periódica para diagnosticar a sua patologia. Além disso, fazer os reparos necessários a fim de evitar maiores problemas.

Quais as patologias mais comuns na construção civil?

As principais patologias que podem ocorrer durante ou após a obra são:

  • Fissuras;
  • Trincas;
  • Rachaduras;
  • Umidade;
  • Deslocamento de rebocos e pisos;
  • Carbonatação (corrosão das armaduras de aço do concreto);
  • Infiltrações;
  • Recalques estruturais.
Rachadura na parede.

Esses defeitos existem isolados ou juntos em um mesmo local. A maioria deles normalmente são causados por:

  • Falhas no projeto;
  • Falhas na execução;
  • Baixa qualidade dos materiais utilizados;
  • Mau uso da construção.

Como a areia influencia nas patologias de construção civil?

A areia pode ser um problema quando contém impurezas ou possui o formato e tamanho dos grãos diferentes do recomendado. Isso pode influenciar no desempenho de misturas, como a argamassa e o concreto. Por isso, é indicado comprar areia de locais com extração autorizada pelo Ministério de Minas e Energia e que tenha alvará municipal e licenciamento ambiental.

Enquanto a areia suja pode causar reações de expansão, fissuras de retração, redução da aderência e até o deslocamento dos revestimentos; a areia com excesso de umidade pode mascarar o verdadeiro volume que está sendo comprado.

Além do mais, não se deve utilizar a areia de praia na construção civil. Isso porque ela possui granulação irregular e sal, que prejudica a secagem correta de argamassas e concretos.

O que uma areia de qualidade precisa ter para construção civil?

A areia é resultado da degradação de rochas e é considerada um agregado miúdo para a construção civil. Por isso, existem algumas normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) que indicam as características exigidas para que a areia esteja em boas condições para ser utilizada.

A norma  NBR 7.211 determina as características para os agregados para concreto. Algumas dessas características são:

  • Para agregados miúdos, os grãos da areia devem ter tamanho para passar por peneira com abertura de, no máximo, 4,8 mm. Contudo, eles devem ficar retidos em peneiras com abertura de 0,75 mm;
  • Na areia, podem-se ter apenas 1,5% de torrões de argila e 3% de material pulverulento. Esses níveis podem variar para 5% ou 7% quando o material for originado da britagem de uma rocha;
  • A areia não deve conter material que reaja com os álcalis do cimento numa quantidade que cause expansão da argamassa ou do concreto;
  • O módulo de finura do agregado miúdo não deve variar em mais de 0,2 mm para o material de uma mesma origem;
  • O agregado miúdo não deve apresentar uma solução mais escura do que a solução padrão, pois isso pode indicar a existência de impurezas orgânicas.

Existem também diferentes tipos de areia, que vão influenciar nas indicações de uso.

Areia lavada

A areia lavada ou areia natural é extraída dos leitos de rios, por exemplo, utilizando dragas de sucção. Dessa maneira, a água que contém a areia é bombeada para um local de decantação, onde é separado a areia da água. Depois, a água é retirada com outra bomba e, finalmente, são retirados materiais que não fazem parte da areia.

Areia fina

É mais utilizada para fabricar argamassas de revestimento interno, como acabamentos e pinturas. Seus grãos possuem diâmetros entre 0,05 mm e 0,42 mm.

Areia média

É mais utilizada em concretos para preenchimento e para fabricar argamassas de assentamento de blocos e tijolos. Também pode ser utilizada em áreas de lazer, como locais de recreação infantil e campos de futebol e vôlei de areia. São grãos que possuem diâmetros entre 0,42 mm e 2,00 mm.

Areia grossa

É mais utilizada em concretos e para fabricar argamassa para chapisco. Seus grãos possuem diâmetros entre 2,00 mm e 4,00 mm;

Areia usinada

A areia usinada substitui a areia lavada e normalmente atende todas as características técnicas. Ela também é chamada de areia industrializada ou areia de brita.

Areia reciclada

A areia reciclada vem de entulhos, materiais de demolição e resíduos de construção. Ela possui as mesmas características da areia lavada e, além disso,  pode conter resíduos de cimento. Por ser reciclada, é uma areia barata e dessa forma causa menos impacto ambiental. A norma para esse tipo de areia é a NBR 15.116.

Como eu sei que a areia que eu utilizo é boa para a construção civil?

Para saber se a areia é adequada para o uso na construção civil existem algumas verificações que podem ser feitas. Primeiro, a areia deve estar livre de torrões de argila e de matéria orgânica visível, não deve apresentar cheiro desagradável e não deve ter a cor muito diferente do comum.

Também pode-se colocar um pouco da areia em um copo transparente e acrescentar água potável, agitar vigorosamente e deixar o copo em repouso. Uma areia de boa qualidade apresentará uma água clara. Caso a água esteja turva ou escura, a areia pode estar contaminada.

Entretanto, é mais indicado recorrer à técnicas laboratoriais para ver se a areia que a sua empresa retira ou compra é realmente boa. Em outras palavras,  os testes feitos seguindo os padrões das normas ABNT indicarão com precisão se a areia é boa ou não.

A caracterização tecnológica abrange o estudo de fases e associações mineralógicas, a identificação de minerais, análises químicas e propriedades específicas do material. Deste modo, é muito indicada para analisar a sua areia. Leia mais sobre a importância da caracterização tecnológica aqui.

Tubos de ensaio, bequer e balão de fundo redondo em um laboratório.

Case – Minas Jr

Em um projeto feito durante o ano de 2018, recebemos duas amostras de areia. A primeira, A1, era mais fina e amarelada. Já a segunda, A2, era mais grossa e avermelhada. O objetivo do cliente era utilizar esse material na construção civil, seguindo as normas da NBR 7.211, como explicada acima. Sendo assim, foram feitos sete métodos de análise, descrevendo o material e obtendo os teores de material pulverulento e de matéria orgânica.

Com isso, obtivemos os seguintes resultados:

Tabela com os resultados das amostras de areia A1 e A2.

Amostra A1

A amostra A1 atendeu aos limites de distribuição granulométrica do agregado miúdo segundo a NBR 7.211, tendo um módulo de finura considerado na zona ótima. A porcentagem de material pulverulento, contudo, foi maior do que o aceitável para concreto sujeito a desgaste superficial, porém aceitável para outros concretos. Já quanto aos níveis de impurezas orgânica, foram considerados maiores do que o permitido.

Amostra A2

Já a amostra A2 não atendeu aos limites de distribuição granulométrica do agregado miúdo segundo a NBR 7.211 e possuía módulo de finura fora da classificação. Entretanto, nela, a porcentagem foi aceitável para todos os tipos de concreto. Nessa amostra os níveis de impurezas orgânicas também foram maiores do que o permitido.

Com os dados obtidos, é possível dizer que nenhuma das amostras está aprovada para ser utilizada como agregado para construção civil. Isso porque é necessário que todas as especificações da norma ABNT NBR 7.211 sejam atendidas. Assim, usando os resultados na análise química buscamos outros possíveis usos para as areias em questão. Entretanto, devido aos teores de óxido de ferro (Fe2O3), de alumina (Al2O3) e de sílica (SiO2), ela não estava dentro das especificações necessárias para a produção de vidro e nem para a indústria de cerâmicas.

Amostras A1 e A2, respectivamente.

Autora: Mariana Bernardes

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