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As geleiras e as Eras Glaciais

Município de Hornafjörður - Höfn, Islândia
 

As geleiras são locais em que a precipitação de neve é maior que o degelo, formando-se neve perene e geleiras. Esses ambientes correspondem a cerca de 30% das áreas continentais em períodos glaciais e a 10%, atualmente. Mas esse número vem reduzindo em decorrência da mudança climática? A geologia por trás do gelo pode auxiliar nessa explicação. Continue a leitura e entenda mais desse assunto.

O surgimento das Eras Glaciais

Por mais que ainda exista controvérsia sobre como acontecem as eras glaciais, há hipóteses fortes a respeito desse fato. No entanto, uma ganhou bastante relevância dentro do amplo universo da geologia: a da sobreposição de placas tectônicas em regiões quentes e úmidas dos trópicos. O fenômeno se dá pelas colisões em que uma placa tectônica oceânica se choca contra uma continental e ocorre a chamada sutura. Com isso, milhares de quilômetros de rocha oceânica são expostas e reações químicas começam a acontecer.

Dessa forma, o cálcio e o magnésio presente nas rochas reagem com o dióxido de carbono presente no ar. Essa reação é favorecida pelo calor e pela umidade dos trópicos Acontece que o CO2 é um importante gás estufa, ou seja, ele absorve calor e mantém a Terra aquecida. E assim, com a diminuição da quantidade do dióxido de carbono na atmosfera, o planeta esfria.

As Eras do Gelo

Uma Era Glacial pode durar até milhões de anos. No entanto, ocorrem vários períodos glaciais entre as Eras, que duram um tempo muito mais curto. A  última glaciação data de cerca de 60 milhões de anos atrás, e ocorreu durante o Pleistoceno, na Era Cenozoica. Ela ficou conhecida como a Era do Gelo.

Animais como mamutes, mastodontes e tigres dente de sabre viveram durante a glaciação. A extinção desses animais datam de milhares de décadas atrás, o que ajuda a comprovar esses períodos mais curtos de esfriamento do planeta. Vale acrescentar que pequenos grupos de seres humanos habitavam principalmente a África durante a última glaciação.

Mamute em museu da Austrália. Australian Museum. Animal extinto, era do gelo.
Mamute no Australian Museum, Sydney, Austrália. Fonte: The Kid Bucket List.

Quando se lê sobre o assunto, um questionamento é se a humanidade irá encarar em breve alguma outra Era Glacial. A verdade é que a causa para o resfriamento da Terra pode ser bem mais simples, associada assim,  à menor atividade solar. Entretanto, essa menor atividade é pouco determinante para a alteração do clima quando somada à atual liberação de CO2, que age no caminho oposto. Em suma, para que fosse possível perceber uma redução da temperatura global, a incidência solar teria que cair em um nível que é improvável, segundo as previsões da climatologia.

Jefferson Simões, o pioneiro da glaciologia no Brasil

O primeiro glaciólogo brasileiro, Jefferson Simões, professor Jefferson Simões da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Graduado em Geografia e especializado em glaciologia na França.  Dessa forma, se tornou especialista no estudo do comportamento do gelo e da neve na natureza. Para Jefferson, o Brasil deve possuir o interesse na área, em virtude da proximidade do país com a Antártica. A região que representa 90% de toda massa das geleiras do planeta. É uma quantidade tão grande que seria possível, segundo Jefferson, cobrir toda a extensão do Brasil com 3km de altura somente de gelo.

Além desse universo de curiosidades, pequenas alterações na morfologia da Antártica causam impactos diretos no Brasil. Por exemplo, temos a mudança no clima e até mesmo alteração no nível dos mares. Ademais, isso se dá porque a enorme massa de gelo da Antártica está intimamente ligada tanto à circulação das marés oceânicas, quanto à circulação atmosférica. Em virtude disso, para o pesquisador, o Brasil deveria reforçar sua compreensão em relação ao envolvimento da Antártida com o ambiente brasileiro.

E o que podemos falar do derretimento das geleiras?

É difícil falar de gelo e não falar do derretimento de gelo. Muitas coisas são discutidas sobre o aquecimento global, atualmente, e esse é um termo que Jefferson Simões tende a apontar como um conceito exagerado por grande parte das pessoas.

Por mais que a comunidade científica aponte que haverá um aumento no nível do mar, entre 18 cm e 60 cm até o ano de 2100, é preciso ter calma. Essa realidade está longe da visão catastrófica de derretimento das geleiras e das previsões de o nível do mar aumentar metros. O professor afirma que a grande parte do gelo do planeta, a parte do interior da Antártida, é muito estável.

 

Autor: Guilherme Figueiredo Alvarenga Junqueira

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