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Nióbio: uso e flotação no Brasil

nióbio

Nióbio (metal). Fonte: Abril.

O nióbio é classificado como um metal de transição, com elevado ponto de fusão e pertencente ao do grupo dos metais de transição. Este possui certas características que o tornam um metal interessantes, sobretudo para a metalurgia: elevada resistência à ataques de certos ácidos e metais líquidos, baixa resistência à oxidação e supercondutividade a temperaturas inferiores à -264º C (BNDES, 2000). Neste texto você conhecerá um pouco do Nióbio: uso e flotação!

A columbita-tantalita, (Fe,Mn)(Nb,Ta)2O6, e o pirocloro, (Na,Ca)2Nb2O6(O,OH,F), são as principais fontes de nióbio no Brasil e no mundo (JÚNIOR, 2012) e por isso ganham destaque. Sendo assim, a columbita-tantalita possui teor máximo de óxido de nióbio próximo à 79%, enquanto o pirocloro possui cerca de 75% em Nb2O5, porém não é tão abundante quando o último. 

O Brasil ocupa posição de destaque no cenário mundial quando se fala em nióbio. O país possui as maiores reservas mundiais e é também o maior produtor mundial da substância, sendo que cerca de 90% do concentrado de Nb produzido no Brasil é destinado à produção da liga ferro-nióbio. (BNDES, 2000). A liga ferro-nióbio é utilizada na confecção de um tipo de aço chamado ARBL (aço de alta resistência e baixa liga) que permite, por exemplo, a construção de estruturas de menor peso e baixo custo. O que permite o uso do Nióbio na fabricação dos aços microligados é a alta afinidade com o carbono. (JÚNIOR 2012)

Pirocloro. Fonte: Wikipedia.

Depósitos

Os depósitos minerais de nióbio podem ser primários ou secundários. Os de fonte primária geralmente são associados a rochas ígneas, como granitos, pegmatitos, sienitos e carbonatitos. Já os secundários são fruto dos processos de intemperismo e posterior sedimentação. Tais processos concentram os minerais portadores de nióbio e costumam ocorrer próximos aos depósitos primários de origem (SHAW e GOODENOUGH, 2011).

De acordo com Küster (apud SHAW e GOODENOUGH, 2011), os depósitos primários de nióbio podem ser divididos em três tipos principais, de acordo com as rochas ígneas a que eles estão associados: 

  1. Carbonatitos e rochas associadas;
  2. Granitos e sienitos alcalinos e peralcalinos;
  3. Granitos e pegmatitos da família LCT (enriquecidos em lítio, césio e tântalo).

Flotação de Nióbio

Segundo Gibson, Kelebek e Aghamirian (2015) o beneficiamento dos minerais de nióbio envolve principalmente a flotação. Os minérios frequentemente ocorrem associados com quantidades consideráveis de carbonato e minerais sulfetados. Assim, é comum o tratamento por flotação reversa envolvendo primeiramente a flotação dos carbonatos seguida pela flotação do pirocloro. Dessa forma, os sulfetos, especialmente a pirita, podem ser flotados antes dos carbonatos ou depois do pirocloro.

Os minerais carbonatos presentes no minério, principalmente a calcita, tendem a consumir o ácido o que torna difícil obter uma polpa ácida e estável para a flotação com o coletor catiônico amina. A flotação direta de pirocloro, sem carbonatos, especialmente a calcita, é empregada geralmente em depósitos que sofreram processo de lixiviação. Quanto ao reagente, é empregada amina catiônica em pH ácido. O pH da polpa é ajustado geralmente usando ácido fluorossilícico, ácido oxálico, ácido fluorídrico ou ácido clorídrico.

 

Autor: Robert Mayrink

 

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