A importância do GPS na Mineração

Nas décadas de 50 e 60, houve um crescente investimento em tecnologias para aplicação em satélites artificiais. Com isso, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos desenvolveu o projeto NAVSTAR. Eles visavam criar um sistema que fosse capaz de oferecer informações de localização e horário de qualquer parte do planeta.
Através desse projeto, foi criado o sistema de GPS (Global Positioning System). Com o aprimoramento da tecnologia e a permissão do uso civil, hoje esse sistema de fundamental importância. Ele possui utilizações na locomoção urbana, agronomia, dimensionamento de áreas e na mineração.

O que é o GPS?

O GPS é um sistema de navegação por satélite. Ele permite determinar a posição, velocidade e fuso horário de um objeto na Terra. O seu funcionamento, entretanto, independe das condições climáticas, o receptor apenas precisa estar no campo de visão dos satélites. Esses satélites transmitem sinais de rádios para receptores que estão na Terra.

Como ele funciona?

Os receptores recebem a posição atual do satélite e o instante em que o pulso de rádio foi emitido. Com o intuito de determinar a distância entre o receptor e o satélite são feitos cálculos comparando o tempo em que o sinal foi enviado com o que ele foi recebido. Para que a operação do GPS seja eficaz, ele necessita de muita precisão nos horários. Desse modo, são utilizados relógios atômicos.
Os dados obtidos são cruzados com as informações de outros três satélites na mesma região. Isso faz, assim, com que a posição do receptor seja dada de modo mais preciso.

Aplicações na topografia

Desde os anos 90, o estudo da topografia, atividade fundamental para a mineração, tem sido constantemente aprimorada. Ela vem se tornado cada vez mais precisa com o uso do GPS. Reduzindo, assim, o tempo e a mão de obra nos levantamentos topográficos, e, como consequência podendo diminuir os custos das medições feitas em áreas destinadas a exploração mineral. Seu uso também possibilita, com o auxílio de softwares, tratar os dados obtidos nos estudos.
O sistema de GPS é hoje o principal meio para realizar as medições necessárias no planejamento de uma mina. Além disso, por ser um sistema que não tem sua funcionalidade afetada por qualquer condição climática habitual, decerto, é garantido o elevado índice de acerto nos cálculos de localização e distâncias.

Controle de veículos autônomos na mineração

Na atualidade, as mineradoras têm necessidade de minimizar os custos e aumentar a produção para se tornarem mais competitivas no mercado. Uma das maneiras de garantir isso é promovendo o uso máquinas que demandem menor mão de obra. Com a implementação de um sistema que utiliza do GPS e inteligência artificial, o uso de caminhões autônomos tem se mostrado mais lucrativo. Isso demonstra, por exemplo, um aumento na vida útil dos equipamentos de mineração e produtividade e, por consequência, garante maior lucro. Em 2018, a Vale foi a primeira empresa do país a operar uma mina com caminhões autônomos, como relatado pelo Estadão. Leia mais sobre as minas autônomas em “Minas autônomas: entenda seu funcionamento”.

Aplicativos para geologia

Dentre os profissionais que atuam na prospecção e pesquisa mineral, documentar locais de amostragem, afloramentos e formações rochosas é de fundamental importância. Por meio de aplicativos, é possível deixar o estudo de uma área  por um geólogo mais eficiente e completo. Esses aplicativos permitem criar eventos que dão a posição exata, data e hora, utilizando o GPS. Um exemplo é o Geology Sample Collector. Ele apresenta essas funcionalidades úteis para a pesquisa mineral, se tornando uma boa ferramenta nesse tipo de trabalho.

Novas tecnologias para substituir o GPS

O GPS é um sistema em constante aprimoramento. Desse modo, ele é inspiração de outras tecnologias que planejam reduzir o custo e aumentar a precisão das informações quando comparado ao atual sistema. Atualmente a intenção de alguns cientistas é fazer com que diversos aparelhos de usuários, equipados com sensores, comuniquem entre si. Dessa forma, o acesso a recursos distantes (como uma “ancora”), deixa de ser necessário à medida que diversos dispositivos relativamente próximos emitem sua localização. Assim, eles permitem aos outros usuários obter sua localização precisa através da sua distância ao aparelho de referência.

Autor: Rafael Queiroz

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