Rios: Definição, formação e tipos

A água é um importante elemento que permite ter vida na Terra e, a partir dela surgem os rios, grandes reservatórios que contribuem, não somente para a fauna e flora, mas também para as civilizações humanas. Afinal, a água é usada para o consumo e diversas outras atividades, desde as industriais até a agricultura. No texto de hoje, falaremos dos rios, o que são, como são formados, os tipos, e claro, os rios do Brasil. Além disso, não podemos deixar de falar da importância da preservação e monitoramento.

O que são rios?

Os rios são podem ser definidos como cursos de água naturais que fluem de um ponto mais elevado até um mais baixo, devido à gravidade, e deságuam no oceano, em um lago ou até mesmo em outro rio. Em alguns casos o rio pode secar ou fluir para o solo antes de atingir outro corpo d’água.

Como os rios são formados?

Um rio surge a partir de afloramentos de águas subterrâneas, que são expelidas para a superfície, e esses afloramentos são chamados de nascentes ou olhos d’água. Eles escoam por um longo percurso, devido à declividade do solo, formando pequenos riachos que se juntam até formarem um rio maior. Outro fator importante na formação dos rios é a água da chuva que aumenta o volume de água corrente nesses corpos hídricos.

Tipos de Rios

Os rios podem ser classificados de acordo com vários critérios, mas as principais classificações adotadas são relacionadas aos padrões de drenagem e à morfologia dos canais fluviais.

Padrões de drenagem

A existência de diferentes tipos de relevos e situações geológicas é responsável pela diferença entre os padrões de drenagem dos rios, que são diversos. Os mais comuns são os dendrítico, radial, treliça, anelar, retangular e paralelo.

O padrão dendrítico se parece com os galhos de uma árvore, e por isso também é chamado de arborescente. Nesse padrão, são distribuídos em diversas direções e no ponto de encontro formam ângulos agudos.

Na drenagem radial, os rios correm em todas as direções a partir de um ponto central. Esses rios podem irradiar para fora do ponto, sendo chamados de radial centrífugo, que ocorre em cones vulcânicos ou outras áreas como domos. A outra possibilidade é a drenagem convergir para o ponto central sendo classificado como radial centrípeto, tendo suas principais ocorrências em crateras, bacias tectônicas ou outras áreas com depressão interna.

O padrão de drenagem paralelo ocorre quando os rios fluem mais ou menos paralelos entre si, por um longo percurso. Esse padrão, normalmente, indica que a inclinação do terreno é acentuada e ocorre em apenas uma direção.

O padrão treliça ocorre quando a drenagem apresenta rios principais relativamente perpendiculares entre si os seus afluentes desaguam nos principais formando um ângulo próximo a 90°.

A drenagem retangular é caracterizada por apresentar ângulos retos, não só no encontro entre os rios, mas também nos cursos desses rios, o que significa mudanças bruscas na direção do curso dos rios.

Morfologia dos canais fluviais

A classificação dos canais fluviais baseia-se na relação entre largura e profundidade, grau de entrelaçamento e, principalmente, sinuosidade. De acordo com a variação desses parâmetros os rios são divididos nas seguintes categorias: meandrante, retilíneo, entrelaçado e anastomosado.

Os rios retilíneos normalmente tem canal único, que percorrem o leito quase em linha reta e são caracterizados por sinuosidade muito baixa. Esse tipo de rio não é tão comum.

Rios entrelaçados têm como principal característica canais únicos, mas subdivididos em vários cursos. O leito desses rios é facilmente erodido e é transportado pela corrente.

Os rios anastomosados são caracterizados por muitas ramificações em seu curso com posteriores reencontros, formando pequenas ilhas entre o canal, que costuma ser largo, mas não muito profundo.

Rios meandrantes são muito sinuosos, devido à presença de meandros, que são as curvas acentuadas desses rios. Os meandros se formam a partir da erosão do leito, que também é responsável por gerar depósitos aluvionares.

Rios do Brasil

O Brasil é o país com o maior reserva de água doce do mundo, e essa água encontre-se nos nossos aquíferos, lagos e rios. O aproveitamento dessas águas ocorre de diversas maneiras como na agricultura, na indústria, produção de energia entre outros.

A maior parte da água doce do país está localizada na região hidrográfica amazônica, no norte do país, que contém cerca de 80% das águas superficiais brasileiras. Assim, o principal rio dessa região hidrográfica é o rio Amazonas, que é considerado o maior rio do mundo em termos de vazão. Ele nasce no Peru e contribui para a fauna e flora de ambos os países, além de ser útil para o transporte da população ribeirinha.

Em suma, o rio Amazonas é, talvez, o mais conhecido do Brasil, no entanto existem diversos outros rios que são de extrema importância para o país e que também são famosos, como o rio São Francisco, o rio Paraná, o rio Araguaia, entre muitos outros.

Importância da Preservação e Monitoramento dos Rios

Apesar do que muitas pessoas acreditam, a água doce do planeta é escassa e, portanto, devemos preservá-la, afinal, ela é essencial para a vida. Mesmo que a superfície terrestre seja composta de aproximadamente 70% de água, apenas 0,4% da água doce é encontrada facilmente para o consumo. Por esses motivos, devemos sempre ter responsabilidade ambiental e ter a consciência de que devemos preservar esse elemento tão importante para a formação da vida no mundo.

Mas quais atitudes devemos ter para se chegar em responsabilidade ambiental? Essa é uma pergunta bem simples de se responder, já que são a partir de pequenas atitudes que conseguimos promover grandes diferenças. Um bom exemplo para se preservar a água é fazer a sua coleta a partir da chuva. Desse modo, estaríamos reaproveitando-a em outras atividades como a agricultura, por exemplo.

Autor(a): Thiago Nascimento de Souza

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