class="post-template-default single single-post postid-6564 single-format-standard _masterslider _ms_version_3.7.1 elementor-default elementor-kit-11209">

Mapeamento do Quadrilátero Ferrífero

Imagem de um mapa colorido
 

Hoje em dia já conhecemos e sabemos da importância do Quadrilátero Ferrífero, sabendo de todos os seus detalhes. Mas, será que sempre foi assim? O mapeamento do Quadrilátero Ferrífero demorou bastante tempo tanto para começar quanto para ser concluído. Porém, foi com esse mapeamento que pudemos entender melhor o porquê dispomos de tanta riqueza. No texto abaixo você vai poder ver como foi o desenrolar dos estudos do Quadrilátero Ferrífero.

O Quadrilátero Ferrífero

O Quadrilátero Ferrífero é uma estrutura geológica importante que abrange uma área (com aproximadamente 7.000 km²) localizada na região central do estado de Minas Gerais.

É uma estrutura importante por conta das grandes reservas de metais importantes que nós temos, além de grandes formações de BIF’s. 

Para saber mais sobre o Quadrilátero Ferrífero, leia este texto. 

Quem foi Dorr?

John van Nostrand Dorr 2nd é nascido em 16 de maio de 1910 e veio de uma família muito importante de Nova York, sendo seu pai o conselheiro do Presidente Wilson. Passou toda a sua infância e juventude em Nova York, Nova Jersey e Nova Inglaterra. Quando cresceu cursou Literatura em Harvard e foi para a Europa.

Imagem de John Dorr II
John van Nostrand Dorr II

Já na Europa, em missão econômica, John Dorr descobriu sua vocação em geologia e foi para a Escola de Minas, no Colorado, para então cursar três anos e trabalhar em uma companhia petrolífera. Nesse tempo, ele descobriu que sua vocação não era essa, ingressando no Serviço Geológico dos Estados Unidos, onde se descobriu e fez sua carreira definitiva. Trabalhou em uma carreira normal até começar a se preparar para a expedição ao Brasil, que eu vou contar mais para frente. 

Encerrados os trabalhos no Brasil, Dorr regressou aos Estados Unidos em 1962. Ele foi designado para coordenar os assuntos do USGS relativos a manganês, visitando todas as jazidas nos Estados Unidos e as principais de outras partes do mundo, com exceção da Austrália. Seus trabalhos feitos no Brasil, o levantamento do Quadrilátero Ferrífero e sobre o distrito de ferro e manganês de Urucum são dois clássicos da literatura internacional sobre as chamadas formações ferríferas bandadas (BIF’s). Além disso, ele publicou mais de 50 artigos muito importantes em toda sua história. 

Ele ainda teve história sendo consultor geólogo no Brasil e auxiliando na consolidação das organizações de geologia do Brasil. Entretanto, John Dorr faleceu em 1996, em Maryland.

Como Dorr chegou ao Brasil?

Dorr teve uma larga experiência com trabalhos de campo no Brasil mas como isso tudo começou ? Em um contexto de Segunda Guerra Mundial, o Brasil era um importante exportador de manganês para as siderúrgicas norte-americanas. 

O manganês era um importante minério para a produção de armamentos para a entrada dos Estados Unidos na guerra, que era iminente. 

O maior produtor desse minério no Brasil, até então, era a reserva de Morro da Mina, em Lafaiete-MG. Contudo, essa mina já estava em fase de fechamento, não suportando a quantidade necessária para a exportação. 

Jack Dorr, como era conhecido, foi então chamado, em 1941, para avaliar as reservas de manganês do Morro do Urucum, no Mato Grosso. Esse foi o pontapé para todos os trabalhos desenvolvidos por Jack Dorr no Brasil, com mapeamentos importantes, auxílios na criação de sindicâncias para a geologia e união dos estudiosos do setor. 

Como se iniciou o mapeamento do Quadrilátero Ferrífero ?

Apesar de haver exploração na região do quadrilátero ferrífero há muito tempo, só foi possível entender as dimensões e a importância dessa região após esse mapeamento. Ele teve início em 1946, quando começou-se a pensar em realizar este estudo e avaliar o real potencial da região, além de tentar entender melhor suas estruturas e a extensão de todo o quadrilátero. 

Em 1946, os primeiros geólogos americanos chegaram e, juntamente com geólogos brasileiros do DNPM, começaram a trabalhar no mapeamento desta área. Um dos primeiros desafios seria encontrar mapas por onde se basear e, para isso, a escolha de onde começar o mapeamento foi crucial.

Pouco se conhecia, em questão de mapas sobre a região, mas nas áreas de Congonhas do Campo e Itabira tinham mais dados, já que tínhamos minas de ferro de maior porte, e, por consequência, com o mínimo de estudo geológico por trás. 

Conforme o tempo ia passando, mais informações foram conseguidas através de outros órgãos, como por exemplo a Comissão Vale do São Francisco, que auxiliou na busca de novas imagens aéreas. Os gastos com as imagens e seus tratamentos topográficos para facilitar as expedições e a identificação de pontos de interesse foram divididos entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos. 

Algumas regiões foram identificadas com maiores interesse e potencial. Dessas regiões, foram confeccionados mapas com maior nível de detalhamento por uma empresa especializada. 

Como o mapeamento foi feito?

Com todos os mapas, que foram levantados com a ajuda de outras organizações, o trabalho de mapeamento de fato pôde começar a acontecer, em 1951. Como a região é muito grande, ela foi subdividida em regiões com certa homogeneidade de características geológicas para facilitar seu estudo. Cada área foi delegada a um geólogo ou pequeno grupo de geólogos, para avaliar e relatar os recursos minerais daquela área.

Foto de um mapa do Quadrilátero Ferífero
Mapa do Quadrilátero Ferrífero

Antes de 1951, era muito difícil conseguir relatórios tão completos, e as áreas que foram mapeadas antes tiveram que ser remapeadas, já que se tratavam das regiões do Pré-Cambriano, as quais não tinham detalhamento interessante, nem nada. 

Além desse estudo, ele acabou sendo responsável também pelo reconhecimento de grandes áreas de granitos, mostrando seu interesse pelo trabalho que estava sendo desenvolvido ali. 

Ao fim de 1961, toda a parte de mapeamento já tinha sido feita. O trabalho nas análises laboratoriais e nos relatórios demandou muito tempo, encerrando-se em 1965. 

O mapeamento foi uma oportunidade incrível de entender o impacto que o Quadrilátero Ferrífero tem para o estado de Minas Gerais. Além disso,  explicar as origem e a causa da região ter tantas reservas de importantes minérios, não só para a região como para o Brasil todo. Para conhecer ainda mais sobre Dorr e o mapeamento, tem um episódio de um podcast chamado “Mining Cast”, da revista In The Mine, que fala sobre o assunto!

Autora: Gabriella Lorena

Gostou do texto? Confira outros conteúdos em nosso blog e conheça nossos serviços! Entre em contato conosco por meio de nosso telefone (31) 3409-1033 / (31) 97167-5141, e-mail minasjr@minasjr.com.br ou redes sociais facebook e instagram, e veja o que podemos fazer por você! 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

 

Your browser is out of date. It has security vulnerabilities and may not display all features on this site and other sites.

Please update your browser using one of modern browsers (Google Chrome, Opera, Firefox, IE 10).

X