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Você sabe o que é outorga de água e como a água é armazenada?

Imagem de água

Água: O bem essencial. Fonte: Clínica Tonello.

A constante necessidade de consumo caracterizada pela sociedade no século XXI, de bens materiais, tecnológicos, assim como bens naturais. é necessário que haja um debate referente ao uso da água e suas ramificações incluindo a outorga de água.  Esse bem natural participa e está associado a diversas finalidades, como uso doméstico, fabricação de objetos e, principalmente, ao uso agrícola. Estima-se que, cerca de 70% da água doce é utilizada em irrigações, assim, não pode ser reaproveitada, pela possível presença de insumos agrícolas e/ou fertilizantes.

A exploração de água mineral é essencial para suprir as necessidades da humanidade. Mas você sabe como é o seu armazenamento? E como realizar a exploração desse bem mineral? Então, vem com a gente, que esse é o assunto que falaremos nesse texto!

Outorga de poços artesianos

Outorga de Água. Fonte: O Debate.

A outorga de poços artesianos é um ato de cunho administrativo em que o requerente (interessado) realiza junto ao órgão responsável, regionalmente, seja Estado ou União. Tal ato, a partir do momento que é finalizado, é publicado nos Diários Oficiais desses órgãos responsáveis, como forma de oficializar o que foi aprovado. A outorga é importante para evitar embates entre os interessados e garantir, da melhor forma, que todos tenham acesso a água de forma igualitária e justa. 

No Estado de Minas Gerais, por exemplo, desde 2016 as outorgas ficam a cargo do Instituto Mineiro de Gestão de Águas (IGAM). A Agência Nacional de Águas (ANA), tem a função de elaborar estudos e estimular a a gestão integrada e sustentável dos recursos hídricos subterrâneos e superficiais. Assim, a ANA previne conflitos pelo uso da água, facilita a gestão compartilhada do recurso pelos estados e estimula o uso racional da água.

Entretanto,  quem não fizer os requerimentos e pedidos necessários para a exploração da água pode sofrer penalidades e sanções previstas na Lei 9.433/1997. Em caso de escassez, esses usuários que não estão em dia com a ANA, por exemplo, podem ser os primeiros a sofrer racionamentos de água potável em caso de seca ou baixo nível dos reservatórios.

No entanto, entender o armazenamento de água no subsolo, antes de realizar a sua outorga, é muito importante. Dessa forma, é possível direcionar qual a melhor forma e maior eficiência (tempo e custo) para obter água. 

Tipos de Aquíferos 

Segundo o CPRM, os aquíferos são caracterizados como formações geológicas que têm como função armazenar água.  Sendo alimentadas pelo escoamento de águas pluviométricas pelo solo e rochas. Formações permeáveis, tais como arenitos e areais, são exemplos de rochas que armazenam a água. De acordo com a ANA, o Brasil dispõe atualmente de 27 aquíferos, que ocupam, somados, 48% da área territorial do país.

A classificação dos aquíferos é em função da pressão das águas nas suas superfícies limítrofes, de topo e base. É classificado, também, em função da capacidade de transmissão de água das respectivas camadas. Basicamente, os aquíferos são classificados em 3 tipos:

Tipos de aquíferos. Fonte: CPRM.

Formações Geológicas Relacionadas aos Aquíferos

Além dos aquíferos, temos estruturas geológicas que tem relação com eles, são elas:

Outras funções dos aquíferos

Além da função de armazenamento, os aquíferos têm como objetivo:

Aquíferos no Brasil

Os principais aquíferos no Brasil são o Aquífero Guarani, Aquífero Urucuia e Aquífero Grande Amazônia. Hoje falaremos um pouco mais do Aquífero Grande Amazônia. Segundo estudos feitos por pesquisadores da  Universidade Federal do Pará (UFPA) e da Universidade Federal Ceará (UFC), sua extensão é impressionante.

Aquífero Grande Amazônia 

De acordo com o UOL, o aquífero era conhecido como Alter do Chão. Em 2013, novos estudos feitos por pesquisadores da UFPA (Universidade Federal do Pará) apontaram para uma área maior e deram uma nova definição. Hoje conhecido como Aquífero Grande Amazônia. Em entrevista a Uol Notícias, em 2015, o professor Francisco Matos do Instituto de Geociência da UFPA Francisco Matos afirma que eles avançaram muito nos estudos, passando a chamá-lo de SAGA, o Sistema Aquífero Grande Amazônia.

É considerado o maior do mundo em volume de água (162.520 mil km3), com capacidade para abastecer o planeta por 250 anos.  Até então, o Aquífero Guarani era considerado o maior, com área total de 39 mil km3. Apesar de toda a capacidade hídrica do Grande Amazônia, hoje, o mesmo abastece apenas as cidades de Santarém e Manaus, localizadas no Vale Amazônico. Assim, uma possível solução para ampliar o uso e utilização do Grande Amazônia destinando-o também para a agricultura.  Dessa forma, segue-se a expansão agrícola, que é uma realidade no Norte do país. 

No entanto,  o uso da agricultura depende, muitas vezes, do uso de insumos agrícolas e inseticidas. Esses produtos com uso e descarte indevido pode acarretar consequências, e até contaminações para o lençol freático e, consequentemente, para o aquífero. Assim, tal degradação gera perda de nutrientes e minerais essenciais.

Localização do Sistema Aquífero Grande Amazônia. Fonte: ANA.

Outorga: Uma ferramenta essencial

Por fim, a outorga é uma ferramenta essencial para o uso de maneira correta e justa dos recursos hídricos. Os aquíferos provam sua capacidade e funcionalidade permitindo que água subterrânea seja aproveitada e destinada para inúmeras funções, e assim,  garantindo que tenhamos este bem por milhares de anos.  Se quiser saber mais sobre o passo-a-passo da Outorga, leia nosso texto aqui.

Autor: Marcelo Vasconcelos Vilaça.

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