class="post-template-default single single-post postid-290529 single-format-standard _masterslider _ms_version_3.7.1 elementor-default elementor-kit-11209">

Como surgem os pegmatitos e os grandes cristais minerais

 

Pegmatitos

Em primeiro ponto vamos entender o que são os pegmatitos; São rochas holocristalinas (possuem textura vítrea com componentes cristalinos dispersos) possuindo como maiores constituintes minerais àqueles encontrados tipicamente em rochas ígneas comuns, com extremas variações no que tange o tamanho dos grãos. Essas rochas são portadoras de elementos raros, (criando e encontrados em regiões de metamorfismo de médio grau) sendo assim, apresentando a maior variedade de elementos: Nb, Ta, Zr, Hf, Ga, Bi. Li, Rb, Cs, Be, Sn. Portanto, percebemos que temos um grande interesse econômico aqui pela quantidade de minerais presentes nessas rochas, vamos entender um pouco mais sobre esse valor e como essas rochas são formadas? 

Como surgiram os Pegmatitos?  

Dentro desse conhecimento sabemos que os pegmatitos são formados em processos graduais começando da ascensão do magma granítico, que sofre um resfriamento de seus plútons, que a partir de sua pressão começa a criar rachaduras nas rochas, conhecidos como fraturamento de encaixantes, o magma residual (rico em voláteis), que ainda não foi resfriado começa a preencher as fraturas, que ao final se resfria e começa a concentrar os elementos raros presentes nesse magma, após isso, começa a cristalização desses elementos raros que por sua vez formam bolsões que apresentam a formação de turmalinas, euclásio, brasilianistas e outros minerais raros.

Quais são os tipos de Pegmatitos?        

  • Pegmatitos Homogêneos:  

Apresentam os minerais essenciais: Quartzo, feldspato e mica, que se distribuem regularmente ao longo do corpo, possuem formas tabulares ou dômicas pode chegar a medir quilômetros de extensão e largura que não ultrapassam 5 metros, a granulometria dos minerais varia de centimétrica a decimétrica, tem intercrescimento gráficos de quartzo e feldspato que são comuns e raramente são cristalizados.

  • Pegmatitos heterogêneos:

Apresentam formatos lenticulares, arredondados ou em forma de disco achatado, seu comprimento não ultrapassa 700m e largura não superior a 200m, são minerais essenciais e  estão dispostos de maneira irregular formando estrutura em zonas, sendo assim, basicamente de 4 zonas dispostas simetricamente em relação ao centro do pegmatito.

  • Pegmatitos Mistos:  

São intermediários entre homogêneo e heterogêneo e apresentam bolsões de quartzo ao invés de núcleos individualizados, semelhante à zona 2 dos heterogêneos em torno desses bolsões de quartzo a granulação dos minerais aumenta bastante, bem como os passam a predominar cristais de K-feldpato. 

Nesse tipo de pegmatitos temos 4 tipos diferentes: 

  • Litiniferos Espodumenio,ambiglonita,lepidolita,zinwaldita,e, principalmente, cassiterita disseminada;
  • Cupriferos minérios primários e secundários de cobre;
  • Tantaliferos Tantalita acompanhada ou não de lazulita,apatita;
  • Gluciniferos Berilo com tendência ao gigantismo dos elementos, núcleo de quartzo individualizado.

  

Explicação dos pegmatitos
Como formam os diferentes tipos de pegmatitos.

 

Zoneamento em Pegmatitos Heterogêneos:

Zona 1: possui geralmente uma espessura inferior a 1m e caracteriza-se pela abundância de moscovita, em placas bem desenvolvidas, associada principalmente ao quartzo e algum feldspato. A zona 1 é mais desenvolvida nos pegmatitos encaixados em xistos, que nos quartzitos. os minerais acessórios mais comuns são afrisita, cassiterita, e esporadicamente granada.

Zona 2: possuem a mesma granulação composição e estrutura de um pegmatito homogêneo, inclusive a freqüência de intercrescimento gráficos de quartzo e feldspato. Geralmente ocupa o maior volume de um corpo pegmatítico e, às vezes, encobre toda a sua parte superior confundindo-se com um tipo homogêneo.

Zona 3: subdivide-se em externa e interna. A externa representa uma passagem gradual com a zona 2, com freqüência de turmalina e granada, enquanto que a interna caracteriza-se principalmente pela presença de microclina pertitica em cristais gigantes( dimensões métricas). Desta zona procede a maior parte do berilo, tantalita, espodumênio e outros minerais acessórios.

Zona 4: constituída por um núcleo de quarto maciço de cores variadas (róseo, leitoso, hialino, cinza, azul, etc), disposto simetricamente ou não em relação ao corpo pegmatítico. Pode-se apresentar regular, irregular ou disseminado em volumosos blocos isolados dentro do pegmatito. Muitas vezes apresentam uma direção diferente do pegmatito e intenso fraturamento. A maioria dos minerais assessórios são encontrados no núcleo ou no contato deste com a zona 3.

 Modelos de Evolução dos Pegmatitos

Os modelos de evolução de pegmatitos segundo Cerny 1982 são:

  • Abissais: se apresentando como corpos autóctones derivados de zonas metamórficas de alto grau, geralmente enriquecidos em U, Th, Nb, Ti, Zr e ETR;
  • Moscovíticos: se apresentam encaixados em mica xistosos originados por anetexia ou fraturamento restrito de granitos, podendo ter berilo, columbita, ETR, U e Th.
  • Pegmatitos portadores de elementos raros: são gerados a partir do fracionamento de granitos alóctones, encaixados em metamorfismos de médio grau. Apresenta diversos elementos, como Li, Rb, Be, Nb, Ta, entre outros
  • Miarolíticos: são gerados confinados em cúpulas de granitos alóctones, sendo sub vulcânicos e preenchendo fraturas e bolsões do próprio granito.

 

Importância econômica dos Pegmatitos

Depois de ver todas as informações e constituições que foram ditas anteriormente, mais uma questão evoca-se em nossa mente “os pegmatitos têm realmente algum potencial econômico”? A resposta para isso está na visualização do mercado e dos pegmatitos existentes.

O nióbio é procurado pela indústria de superligas, pois é essencial nas produções da indústria aeronáutica, na de super condutores de energia e na produção de dispositivos eletrônicos, chegando até mesmo ser usado na indústria óptica. A enorme gama de mercado para esse mineral consuma-se com o fato de serem muito presentes na constituição dos pegmatitos.

A turmalina da paraíba, é um pegmatito que foi descoberto na região de São José da Batalha, e que por muito tempo acreditou-se que sua existência era unicamente no território brasileiro. Sua enorme beleza fez com que se esgotassem as jazidas no Brasil e aos outros ao longo do mundo estão em vias de se esgotar. O preço de 1 quilate gira em torno de quinze mil dólares, mas dependendo de suas características, pode chegar até cem mil dólares.

Brinco feito de turmalina de paraiba e avaliado em 130 mil reais UOL

Pegmatitos no Brasil

Sua ocorrência no Brasil se concentra principalmente entre Minas Gerais e Espírito Santo, e segue desde o Rio de Janeiro até as regiões da Bahia. A mineração no Brasil produz principalmente feldspato para indústria cerâmica, que recebe esse por meio de pegmatitos, essa origem representa cerca da metade de todo feldspato utilizado como matéria prima. Além disso, outro fator que auxilia a exploração dos pegmatitos na mineração brasileira são seus cristais de grande tamanho, pois isso agiliza a retirada e consequentemente gera lucros mais rápidos ao encontrar um desses “mega” cristais.

 

Retirado do trabalho de Antonio Liccardo sobre a geologia dos pegmatitos

 

Autor(a): Gustavo Gomes 

Gostou do texto? Confira outros conteúdos em nosso blog e conheça nossos serviços! Entre em contato conosco por meio de nosso telefone (31) 3409-1033 / (31) 97167-5141, e-mail minasjr@minasjr.com.br ou redes sociais facebook e instagram, e veja o que podemos fazer por você!

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

 

Your browser is out of date. It has security vulnerabilities and may not display all features on this site and other sites.

Please update your browser using one of modern browsers (Google Chrome, Opera, Firefox, IE 10).

X