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Afinal, o que são barragens de rejeitos?

 

As barragens nada mais são do que grandes estruturas para dispor materiais. Estes materiais podem ser tanto os de mineração, quanto de outras indústrias, como a água para produção de energia elétrica, entre outros.

Especificamente na mineração, as barragens de rejeito servem para que tudo o que não será aproveitado após o beneficiamento possa ser reservado.

Como o rejeito do beneficiamento comum é um rejeito com muita água, essas barragens inicialmente se parecem mais com piscinões cheios de lama. Isso faz parte do processo. Essa lama de rejeitos deve descansar nessa piscina até que suas partículas sólidas decantem e mais e mais rejeitos vão sendo depositados lá.

Barragem de rejeito. Fonte: Minuto Engenharia

Tipos de barragens

Barragem por alteamento a jusante: Nesse caso a barragem cresce por cima dela mesma, tornando-a mais segura. Já que não se trabalha com degraus e sim com uma espécie de pirâmide.

Barragem por alteamento a montante: Os degraus vão sendo elevados exatamente acima do anterior, o que a torna menos segura.

Barragem de linha de centro: As barragens que são desse tipo tem tanto os degraus quanto o caimento para fora. Este caimento torna a estrutura mais segura que a de montante. Porém ainda é menos segura que o modelo à jusante.

Os três tipos de barragens, de cima para baixo: a monte, a jusante, em linha de centro.
Tipos de barragens. Fonte: Estudo da UFOP.

Por que as barragens de alteamento a montante ainda existem?

Muito tem se discutido recentemente acerca do uso de barragens de contenção de rejeitos. Desde 2001 barragens feitas pelo método de alteamento a montante vem trazendo problemas a Minas Gerais.

Já vimos casos como os da barragem de Herculano, da mina de Fundão e mais recentemente a barragem de uma mina da Vale em Brumadinho.

Muitos países já baniram o uso desse tipo especifico de barragem. Países como Chile e Peru já não a utilizam por ser a forma mais insegura de dispor rejeitos e, além disso, nesses países, fatores como o tectonismo de placas é um fator agravante para esse banimento.

Entre as vantagens do alteamento a montante temos seu custo, que é muito baixo. Além disso tem-se também a rapidez com que pode-se ampliar uma estrutura desse tipo. Mas será que esses gastos a menos são realmente compensatórios no futuro?

Como dispor os rejeitos em barragens

Muitas vezes acabamos por achar que a proibição de todos os tipos de barragens no Brasil seria uma solução. Porém a mineração brasileira não é composta somente de empresas multinacionais. Para isso precisamos ter maneiras não muito onerosas para tratar os rejeitos.

Além do tipo de barragens, ao se dispor os rejeitos em uma barragem, deve-se pensar de que maneira dispor os materiais. Normalmente os rejeitos são dispostos como uma polpa. Essa polpa não recebe nenhum tipo de drenagem antes de ser depositada lá.

Então, ela ainda está com toda a água do beneficiamento, que com os cuidados errados pode percolar pelos diques da barragem e causar a liquefação da estrutura.

A liquefação é um processo pelo qual muita água percola pela areia dos diques da barragem e, dessa maneira, a desestabiliza. Esse processo pode causar acidentes e até mesmo o rompimento de toda a estrutura.

Por isso, a escolha do tipo de rejeito que será disposto na barragem pode ser um fator fundamental para a estabilidade da estrutura. Dispondo os materiais em formas com mais partículas sólidas e menos água, a chance de colapso da estrutura é potencialmente reduzida.

As formas com menores quantidades de água são os rejeitos em pasta e torta.

Alternativas para disposição de rejeitos

Além disso, outras maneiras tem sido discutidas como forma de dispor os rejeitos da mineração. Uma delas, que já foi implantada pela própria Vale na planta S11D, em Carajás, é o beneficiamento a seco.

Imagem mostrando um equipamento amarelo no centro, dentro de uma região com pilhas de material marrom,
Britagem a seco. Fonte: Revista Carga Pesada

O beneficiamento a seco é um processo que utiliza a própria umidade do material durante seu beneficiamento. Para isso, mais processos de britagem e peneiramento ocorrem. Mas diz-se que para minérios como o de Carajás esse processo é o melhor. Porque, além da economia de água, esse processo mantém o resíduo mais fino de minério de ferro, que seria descartado na água de rejeitos. Esse fino se mantém na linha de produção e se torna lucro para a empresa depois de muitos anos.

A conclusão de especialistas é a de que, mesmo sendo um processo oneroso no início, depois ele se torna compensatório

Outras alternativas podem ser o reaproveitamento do material descartado e a deposição em pilhas. Leia sobre esses outros métodos aqui.

Enfim, será que, após tantos acidentes, as mineradores estarão dispostas a se aliar à tecnologia para uma mineração mais segura?

Autora: Gabriella Lorena

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