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Como as rochas mostram as mudanças que ocorrem na Terra

 

As rochas são o registro histórico dos processos geológicos que aconteceram na Terra durante anos. É devido a elas que se é possível entender como todo o planeta se formou e se transformou durante milhares de anos. Sendo assim, elas têm papel fundamental no entendimento da dinâmica terrestre. 

O estudo das rochas

O primeiro a estudar os processos de formação das rochas foi o James Hutton (1726 – 1797). Ele é considerado o “pai da geologia moderna” por seus estudos. Foi ele quem introduziu a teoria uniformitarista. Ela se baseia na reprodução dos dados observáveis em fenômenos geológicos atuais, para a interpretação destes fenômenos no passado. Isso quer dizer que os processos geológicos atuais são os mesmos do passado. E, por isso, é possível interpretar a evolução geológica através dos registros geológicos impressos nas rochas e em suas estruturas.

Suas ideias fizeram várias críticas à teoria do catastrofismo. Esta defendia que, no passado, a Terra havia sofrido uma série de fenômenos catastróficos, principalmente inundações, que resultaram nas condições geológicas e biológicas atuais.

James Jutton, o pai da geologia moderna

 

Além disso, James Hutton estudou os processos de formação das rochas ígneas e sedimentares; o processo de soerguimento das rochas; de intemperismo, erosão e deposição de sedimentos; e a escala de tempo geológico. Com isso, ele pode concluir que a Terra está em constante transformação por processos lentos e graduais. Esse era um conceito totalmente radical àquela época.

Como se formam as rochas

As rochas são produtos consolidados, resultante da união natural de minerais. Os minerais, por sua vez, se formam a partir da cristalização de um magma.

O ciclo das rochas

O ciclo das rochas - rochas ígneas, sedimentares e metamórficas
O ciclo das rochas

As rochas estão em constantes transformações de formação, transformação e destruição. Elas são divididas em três tipos, de acordo com a sua formação.

 

Rochas ígneas

As rochas ígneas são formadas a partir do processo de cristalização (resfriamento e solidificação) do magma ou lava. Essa cristalização pode gerar dois tipos de rochas:

Extrusiva

Quando o magma extravasa na superfície, formando os vulcões. O magma que sai da crosta, chamado de lava, se resfria de forma rápida. Isso faz com que a rocha tenha granulação fina e uma textura vítrea, porque a rocha se resfria sem que haja tempo para que os minerais se cristalizem. As rochas extrusivas mais comuns são granito, gabro e diorito.

 

Intrusiva

Quando o magma se cristaliza no interior da crosta. Dessa forma, o seu resfriamento é lento e sua granulação é grossa. Isso significa que, em geral, todos os minerais seus minerais são cristalizados e são possíveis de se ver sem ajuda de equipamentos. As rochas intrusivas (ou plutônicas) mais comuns são riolitos, basaltos e andesitos.

 

Série de Bowen - cristalização fracionada
Série de cristalização fracionada de Bowen

De acordo com a composição do material parental (magma) e de seu processo de resfriamento, a composição cristalográfica dessa rocha é definida. Dessa forma, os minerais são formados através de uma destilação fracionada, chamada de Série de Bowen.

Rochas sedimentares

A crosta sofre, com o passar do tempo, diversos intemperismos que fragmentam e separam seus grãos minerais. São dois os tipos de intemperismo: o físico, como a variação da temperatura, congelamento da água, alívio de pressão e crescimento de raízes. Já o químico tem por agente as águas de chuva e também o pH.

Sendo assim, as partículas das rochas intemperadas (sedimentos) são mobilizadas pela erosão e transportadas para outro lugar, seja por meio da gravidade, água, vento ou gelo. Essas partículas são, então, depositadas em ambientes sedimentares (baixos estruturais) onde sofrem o processo de diagênese. A diagênese é uma série de processos físicos e químicos que as partículas são submetidas desde a sua deposição até a sua consolidação. É ela a responsável pela formação das rochas sedimentares.

Todo esse processo faz com que essas rochas possuam hábito em linhas contínuas horizontalmente. As rochas sedimentares mais comuns são os arenitos, argilitos e calcário.

Elas também são divididas em subgrupos de acordo com a sua formação:

Clásticas

Também chamada de mecânicas, são formadas pela fragmentação de rochas preexistentes e são classificadas de acordo com o tamanho de seus grãos.

Químicas

Têm origem da precipitação de soluto, dada pela diminuição da solubilidade ou evaporação da água. Entre as rochas sedimentares químicas mais comuns estão os carbonatos e os evaporitos.

Orgânicas:

São formadas pelo acúmulo de restos de organismos.

 

Rochas metamórficas

As rochas, tanto ígneas ou sedimentares, porem ser levadas por processos geológicos a condições diferentes daquelas em que se foram formadas. Sendo assim, em condições atritivas e de alta temperatura e pressão, essas rochas sofrem uma fusão parcial, onde acontecem as mudanças na textura e a recristalização dos minerais ou formação de novos minerais. Essas condições são típicas dos limites convergentes de placa. E é devido a pressão dirigida em uma direção que essas rochas costumam ter textura orientada ou senão xistosa. Isso quer dizer que é comum que os minerais fiquem ordenados segundo planos paralelos nessa rocha.

 

Evidências de transformação da Terra

A área responsável pelo estudo das formações e deformações rochosas é a geologia estrutural. Ela conta como objeto de estudo a análise geométrica, cinemática, dinâmica e tectônica.

 

Teoria da Deriva Continental

Distribuição geográfica dos fósseis Gondwânicos. Essa distribuição foi um dos argumentos base de Wegener para o lançamento da teoria da Deriva Continental.

 

A ideia de que os continentes estavam unidos no passado foi proposta pelo cartógrafo Abraham Ortelius. Contudo, seu trabalho foi unicamente baseado na similaridade geométrica das costas continentais.

 

Mas a primeira grande evidência de que a Terra que conhecemos hoje nem sempre foi assim começou dos estudos de Alfred Wegener. Ele afirmou, com base em estudos paleontológicos, que todos os continentes foram unidos em uma única massa, um supercontinente chamado de Pangeia. Dessa forma, Wegener conseguiu relacionar que mesmas espécies habitaram locais isolados atualmente algum momento da história. Porém, como essas espécies haviam chegado a diferentes pontos no globo, ou ainda, se esses continentes alguma vez foram conectados era desconhecido. Até então, a explicação que se tinha era que os continentes haviam deslizado sobre o mar, até chegarem onde estão.

 

Sendo assim, a Teoria da Deriva Continental não só foi negada por cientistas à época, como também foi ridicularizada pelas pessoas que ficaram sabendo. Foi só em 1950, com os mapeamentos oceânicos feitos durante a Segunda Guerra Mundial, que a Teoria havia voltado à discussão.

 

Dorsal Mesoatlântica

Com o estudo do assoalho oceânico, Marie Tharp percebeu uma gigante cadeia de montanhas submarinas que se estende sob o Oceano Atlântico e o Oceano Ártico: a Dorsal Mesoatlântica. A descoberta dessa cordilheira em si não foi suficiente para se entender a dinâmica da Terra. Mas, foi com a sobreposição de um mapa com os epicentros de abalos sísmicos que se pode compreender que aquela região era um desdobramento moderno de formação de uma dorsal oceânica. Isso quer dizer que com essa descoberta levou à formulação da Teoria de Formação do Fundo Oceânico, sendo aquela região um limite divergente de placa. Mas também, foi responsável por corroborar a Teoria de Deriva Continental, através do entendimento dos movimentos das placas tectônicas.

 

Conheça mais sobre os movimentos tectônicos aqui.

 

Falha Geológica

Uma falha geológica é uma ruptura ou cisão de um bloco de rocha que é decorrente do deslocamento de suas partes. Esse fenômeno surge em função da pressão, comum de placas tectônicas. Sendo assim, quando essa pressão excede a capacidade de resistência das camadas rochosas,  elas se rompem.

 

Falha de San Andreas

Falha geológica de Santo André, Califórnia.

A falha geologica mais conhecida é a falha de San Andreas, na Califórnia. Ela marca um limite transformante de placa que se estende por cerca de 1290km. Essa falha possui um histórico de abalos sísmicos podendo chegar a uma magnitude de 7 a 8 na Escala Richter. Aliás, ela inclusive foi enredo de um filme (Terremoto: A Falha de San Andreas) onde um terremoto destrói a cidade de Santo André.

 

Descontinuidade

A descontinuidade é um conceito usado para designar camadas de transição no interior da Terra, onde há diferença na densidade da rocha constituinte. É com elas que se é possível entender o processo de resfriamento da terra e, consequentemente, todo a dinâmica das camadas no interior da Terra.

 

Existem 4 descontinuidades relativas ao interior Terra:

  • Conrad;
  • Moho;
  • Gutenberg;
  • Lehmann.

 

Autor: João Vítor Lasmar

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