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Estudos Hidrogeológicos nas Crises Hídricas

 

O Brasil precisa cuidar do bem mais precioso para a manutenção da vida, visto que os recursos hídricos do país têm um grande potencial, principalmente seus aquíferos. Nessa perspectiva, a preservação das fontes e o uso adequado da água pela sociedade é imprescindível.

Mesmo tendo em seu território grandes reservatórios de água, as crises hídricas afetam diretamente tanto a nossa população quanto o meio ambiente. Isso advém de fatores como as mudanças climáticas, a poluição ambiental e do principal agente causador dos desafios relacionados às crises hídricas, que é o ser humano.

Assim, os estudos hidrogeológicos são cada vez mais importantes nos dias atuais. Essa ciência realiza estudos mais aprofundados sobre os reservatórios de águas subterrâneas e analisa de forma estratégica tudo que esses recursos podem oferecer para a sociedade.

Acompanhe o texto para entender melhor os estudos hidrogeológicos nas crises hídricas e a maneira como são realizados, assim como sua importância.

O que é a Hidrogeologia?

A palavra hidrogeologia foi criada pelo francês Jean-Baptiste de Lamarck, e foi usada inicialmente para descrever o papel da água na morfologia da superfície terrestre. No entanto, o inglês Joseph Lucas, algum tempo depois, introduziu esse conceito como um ramo da geologia que estuda a água subterrânea.

Essa área foca em estudos sobre a movimentação das águas subterrâneas, como elas estão distribuídas, em que quantidade e qualidade, bem como a relação com os diferentes tipos de ambientes geológicos.

Água e o planeta Terra. Fonte: IStock.

Como são feitos esses estudos?

Esses estudos são feitos de maneira correlacionada com outras áreas, e são realizados trabalhos como o de mapeamento dos mananciais subterrâneos, mapa potenciométrico, definição dos parâmetros hidrodinâmicos dos aquíferos, zoneamento das áreas com potencial de aproveitamento hídrico e zoneamento de perímetros susceptíveis à poluição antrópica.

Esses estudos também estão diretamente relacionados com as rochas sedimentares, as quais são mais propícias para a infiltração de água, bem como a formação de aquíferos.

Rochas Sedimentares

Em algumas rochas sedimentares, por apresentarem um maior grau de impermeabilidade, ocorre a incorporação de água em seus poros.  Na formação desse tipo de rocha, pode haver o consumo de água durante o intemperismo químico.

As rochas sedimentares areníticas formam aquíferos regionais que armazenam grandes quantidades de águas potáveis. As formações areníticas de maior expressão hidrogeológica possuem origens diversas, incluindo ambientes fluviais, eólicos, deltaicos e marinhos.

Aquíferos

Para definirmos o que é um aquífero, precisamos ter uma noção básica sobre o ciclo da água. Esse processo acontece da seguinte forma: a água evapora, é condensada na atmosfera, precipita, é infiltrada pela superfície terrestre e retorna à atmosfera por transpiração.

Quando essa água que é infiltrada consegue se movimentar no interior da superfície em condições naturais, denominamos essa formação geológica com água de aquífero.

Os aquíferos podem ser classificados de acordo com a pressão das águas nas camadas de topo e de base, isso é chamado de superfície limítrofe, e está relacionado a sua capacidade de transmitir água nessas camadas de topo e base.

Formação de Aquífero. Fonte: Water- Shuttersotck.

Alter do Chão e Guarani: os maiores aquíferos

O Brasil possui os maiores aquíferos do mundo, sendo eles o Aquífero Alter do Chão que é o maior aquífero em extensão de água e segundo estimativas, o seu volume seria suficiente para abastecer a população mundial por 100 vezes. Esse aquífero está localizado na região norte do Brasil, passando por parte dos estados do Amazonas, Pará e Amapá que, por  serem regiões de baixa densidade populacional, carecem de uma maior eficiência sobre os meios de transporte para utilizar a água disponível nele.

O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) levantou que um dos principais riscos que a água desse aquífero corre estão relacionados ao escoamento de água ou substâncias contaminadas para seu interior. Logo, a fim de utilizá-lo da melhor maneira, é imprescindível que sejam realizadas constantes inspeções que  poderão indicar certa fonte de contaminação ou até mesmo a qualidade da água do local.

O Aquífero Guarani, que possui grande importância do ponto de vista econômico, político e ambiental, já que é responsável pelo abastecimento de grandes cidades, bem como para atividades produtivas. Por ser uma das maiores fontes de água doce do mundo, é bastante explorada principalmente com destino a usos domésticos, industriais e agropecuários. Com isso, o aproveitamento da água muita das vezes ultrapassa sua capacidade de recomposição, podendo ser considerado um agravante para crises hídricas em determinadas regiões.

Aquíferos do Brasil. Fonte: ESET.

Estudos hidrogeológicos nas crises hídricas brasileiras

De acordo com um estudo realizado pelo Serviço Geológico do Brasil, as águas subterrâneas são importantes para o abastecimento público, principalmente em regiões de bacias sedimentares. Esse abastecimento pode ocorrer pois os reservatórios de águas subterrâneas não são afetados pelas sazonalidades de secas, inundações ou até mesmo evaporação constante.

O Serviço Geológico do Brasil é o principal órgão responsável pela condução de programas de recursos hídricos do país, uma vez que acompanha de perto os níveis de águas subterrâneas dos principais aquíferos. A cartografia hidrogeológica permite a realização de uma  gestão integrada dos recursos hídricos, bem como os pontos de monitoramento de reservatórios permitem o acompanhamento dos níveis de águas subterrâneas e o controle de sua exploração. 

Dessa forma, os órgãos competentes conseguem agrupar diversas informações importantes obtidas a partir da hidrogeologia, permitindo o planejamento das ações e soluções para possíveis crises hídricas que podem ocorrer no Brasil.

Importância

Assim, diante dos fatos discutidos percebemos que o Brasil tem um grande potencial hídrico, e que o mesmo deve ser utilizado de maneira consciente e estratégica.

Portanto, é indispensável que os estudos hidrogeológicos nas crises hídricas avancem cada vez mais e que seja dada a essa ciência a sua devida importância. Pois, somente assim, iremos desfrutar de todos esses recursos e conseguiremos enfrentar as crises hídricas que ocorrem no país sem tantos prejuízos.

 

 

Autor: Walmir Peres

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