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O ouro negro brasileiro: Pré-Sal

 

Uma das maiores descobertas petrolíferas mundiais se encontra no território brasileiro: o Pré-Sal. O petróleo do pré-sal está retido em reservatórios situados abaixo de uma extensa e espessa camada de sal que ocorre na região costa-afora do Espírito Santo até Santa Catarina, em águas profundas e ultraprofundas, localizados sob 3 a 4 km de rochas abaixo do fundo marinho.

Mas você já conhece a história geológica das acumulações do pré-sal? No texto de hoje você irá aprender isso e muito mais:

  • Processos de formação do pré sal
  • Valor econômico dos depósitos
  • Desafios na exploração

Quer conhecer mais sobre o petróleo veja também: Você sabe de onde vem o petróleo?

Formação

Os processos de formação dos reservatórios do Pré-Sal estão diretamente ligados a eventos tectônicos de placas, os quais promoveram a ruptura do paleocontinente, Gondwana.

O evento ocorrido nesse paleocontinente ocasionou a separação dos continentes sul-americano e africano,  e culminaram com a abertura do Oceano Atlântico Sul. Nesse contexto, podemos dividir a formação da camada do pré-sal em 6 processos principais:

Gondwana
Gondwana

Acúmulo de matéria orgânica

Antes da ruptura da Gondwana, o supercontinente incluía a América do Sul, África, Índia, Austrália e Antártida. O processo de formação do pré-sal começou com o acúmulo de matéria orgânica no fundo de lagos desse supercontinente.

Formação de Pequenos Mares

Com o início da fragmentação da Gondwana, foram formados grandes lagos. Eles eram alimentados por uma expressiva quantidade de matéria orgânica animal e vegetal. Esses lagos eram profundos, dessa forma, possuíam baixo índice de oxigênio, e os sedimentos se acumularam sob as águas por aproximadamente 15 milhões de anos.

Com a continuidade do processo de ruptura do supercontinente, a separação entre a América do Sul e a África prosseguiu e, há 115 milhões de anos, com a entrada de água salgada foram formados pequenos mares.

Separação América do Sul – África

Deposição de sal no piso dos golfos marinhos

A avaliação dos paleoambientes indica que o clima na época, era quente e árido, assim favorecendo diretamente a evaporação e a deposição de sal em pequenas regiões do oceano. A constante deposição que ocorreu durante aproximadamente 5 milhões de anos, fez com que a camada orgânica depositada anteriormente fosse aprisionada abaixo da camada de sal.

Deposição do Carbonato de Cálcio

Um pouco depois, há aproximadamente 110 milhões de anos, formou-se um mar raso entre a América do Sul e a África. Durante aproximadamente 10 milhões de anos é provável que ocorreu a deposição de carbonato de cálcio nesses mares.

Formação do Solo Submarino

Do processo de separação entre as placas tectônicas, emergiu o magma, que acabou então formando o solo submarino. Dessa maneira, ele acabou sotopondo a camada de sal e o material orgânico preso abaixo dessa camada.

Formação do Oceano Atlântico

Com a formação do oceano Atlântico, há cerca de 100 milhões de anos, ocorreu a sedimentação do solo oceânico. Os detritos dos antigos lagos foram ficando cada vez mais profundos, ocorrendo, então, aumento da temperatura. Isso acabou transformando a matéria orgânica aprisionada sob o sal em petróleo e gás natural.

Valor econômico

Testes preliminares realizados em quatro áreas do pré-sal, permitiram prever volumes recuperáveis entre 10,6 bilhões e 16 bilhões de barris de óleo equivalente. Esse valor representa o somatório de petróleo e gás natural como resultado.

Algumas estimativas das reservas de petróleo do pré-sal brasileiro indicam, surpreendentemente, um potencial de 70 a 100 bilhões de barris de óleo equivalente.

Plataforma Offshore
Plataforma Offshore

Desafios na Exploração do pré-sal

A exploração dessas reservas encontra grandes desafios, como a profundidade da lâmina d’água e a espessura de coluna de rochas a serem atravessadas. Além das enormes pressões e temperaturas a serem encontradas, o comportamento do sal e da porosidade dos reservatórios face à perfuração, bem como as heterogeneidades dos reservatórios carbonáticos, dentre outras.

Comparação lado brasileiro/lado africano

Devido ao tectonismo de placas e sua separação ao longo dos anos, é que se observa, na geologia do Brasil e da África Ocidental, uma grossa camada de sal. No Brasil, geólogos encontraram uma grande reserva de petróleo abaixo dessa camada. Do mesmo modo, algumas das maiores empresas do ramo petrolífero começaram a investir na região africana, acreditando-se obter um potencial similar.

As camadas do sal brasileira e africana se assemelham, pela litologia e composição química, por serem compostas em sua maioria pelo sal de rocha Halita, pela fórmula: NaCl.

Depois de entender sobre o pré-sal, veja como ocorre o refino do petróleo!

Autora: Rafaela Tavares

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2 comments on “O ouro negro brasileiro: Pré-Sal

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