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Rios Voadores: O que são?

 

Você já ouviu falar em “Rios Voadores”? Provavelmente, não, e acredito que ouvir essa expressão te deixou espantado ou pensando que é algum engano. Na verdade, eles realmente existem e estão bem próximos de nós. Mas afinal, o que são Rios Voadores?

Os Rios Voadores são imensos volumes de vapor d’água que vêm do Oceano Atlântico, muitas vezes, acompanhados por nuvens e que são transportados pelas correntes de ar. Assim, essas correntes invisíveis passam acima das nossas cabeças trazendo umidade da Bacia Amazônica para as regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil.

Assim, esses rios possuem cerca de três quilômetros de altura, algumas centenas de largura e milhares de extensão. Sendo assim, em alguns dias do ano, um rio com as dimensões do Amazonas atravessa os céus do Brasil.

O termo “Rios Voadores” é apenas metafórico e foi criado pelo cientista José Marengo. Cientificamente, esse fenômeno é conhecido como “jatos de baixo nível”.

Como são formados?

Formação dos rios voadores
Formação dos rios voadores. Fonte: Blog Canal Rural.

A floresta Amazônica funciona como uma bomba d’água, visto que as árvores captam e retêm água das chuvas em suas copas e emitem para a atmosfera em forma de vapor, a partir de um processo denominado “Evapotranspiração”.

Dessa forma, a quantidade de vapor d’água emitida por essas árvores pode ter a mesma ordem de grandeza, ou maior, que a vazão do rio Amazonas (20.000m³/s).  Além disso, estudos realizados pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) mostraram que uma árvore com copa de dez metros de diâmetro é capaz de bombear para a atmosfera mais de trezentos litros de água, em forma de vapor, por dia, ou seja, mais que o dobro da água que um brasileiro utiliza nesse mesmo intervalo de tempo. Somado a isso, uma parcela do Oceano Atlântico evapora devido às elevadas temperaturas,  e o vapor é conduzido para a Amazônia pelos ventos alísios.

Ademais, parte dessa água cai, em forma de chuva, na floresta Amazônica, e a outra parte é transportada pela atmosfera. O primeiro destino desse vapor é a Cordilheira dos Andes e, devido às elevadas altitudes, uma porcentagem da umidade precipita. O restante retorna para o continente, abastecendo as regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil, além de países próximos, como Paraguai e Bolívia.

Importância dos Rios Voadores

Rio Amazonas
Rio Amazonas. Fonte: Civitatis.

Os Rios voadores são os principais responsáveis pela formação de chuva na Amazônia, além disso, são essenciais para a regulação do clima de alguns estados brasileiros, tais como: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e outros.

A umidade levada para o Sudeste e Centro-Oeste brasileiro garante que elas não passem pelo processo de desertificação, uma vez que outras regiões na mesma faixa subtropical se tornaram desertos, como o Australiano e o Atacama, localizados nas regiões próximas da latitude de 30° sul.

Ademais, quando esses rios encontram com os Andes e precipitam, facilita a formação de nascentes de grandes rios, dentre eles, os rios que dão origem ao próprio Amazonas.

Pesquisas sobre os rios voadores

Desde 2008, um projeto científico tenta conhecer melhor os Rios Voadores. O líder da pesquisa é Gerard Moss, engenheiro e explorador francês naturalizado brasileiro. O trabalho dele consiste em voar com um monomotor coletando vapor d’água. “Enquanto todos os pilotos evitam as nuvens, eu vou direto para elas”, diz Gerard.

Em seu avião, Moss busca a umidade usando tubos de quarenta centímetros resfriados a setenta graus negativos. Numa temperatura tão baixa, qualquer vapor que entra no tubo se transforma, imediatamente, em água. As gotas são então armazenadas para a análise em laboratório, viabilizando o seu estudo.

Desmatamento e consequências

Desmatamento
Desmatamento. Fonte: Istoé

Muitos profissionais da área ambiental estão preocupados com as consequências do desmatamento na Amazônia. Sem a floresta, os rios podem chegar mais depressa e de forma mais intensa no continente, gerando tempestades severas no sul do país. Ainda assim, vale ressaltar, que à medida que as áreas florestais são reduzidas, o mesmo acontece com os índices pluviométricos, tornando o ar cada vez mais seco.

Com isso, observa-se que os Rios Voadores são essenciais para manter a qualidade do ar, formação de rios, além de um controle das chuvas. Além disso, embora o nome “Rios Voadores” seja comentado com pouca frequência, o fenômeno em si é corriqueiro.

Autor(a): Mariana Rosa Soares Corrêa

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