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Aquíferos: o que são e qual a importância?

 

Os aquíferos são importantes para a manutenção dos rios e, ainda, são explotados para consumo diário de milhões de pessoas. Vocês sabiam que várias cidades sobrevivem com o consumo vindo de aquíferos de diferentes tipos? Saberemos hoje o que são os aquíferos e sua importância.

Afinal, o que são os aquíferos?

Os aquíferos se caracterizam como uma formação geológica capaz de armazenar e transportar água através do subsolo. Certamente eles são verdadeiros reservatórios subterrâneos de água e são importantíssimos.

Formações de arenitos e areias, permeáveis, são bons exemplos de aquíferos. Porém, podem existir uma infinidade de outros e, dessa forma, eles são divididos em tipos.

Um esquema em corte onde vemos os tipos de aquíferos existentes
Desenho esquemático dos tipos de aquíferos. Fonte: DAE Bauru

Aquífero Livre

O Aquífero livre é o mais conhecido e nada mais é que aquele em que o limite superior já é a superfície de saturação. Eles estão à pressão atmosférica e são os principais mantenedores dos rios, alimentando-os quando necessário e retendo mais água para que estes não transbordem também.

Além disso, é o aquífero com maiores chances de contaminação. Uma vez que é o mais comum e o mais explorado mundialmente.

Aquífero Confinado

Os aquíferos confinados recebem este nome devido às camadas superiores e inferiores deles. Por sua vez, essas camadas são formadas de rochas semipermeáveis ou totalmente impermeáveis. No caso do aquífero drenante, uma das camadas será necessariamente de uma rocha semipermeável. Já no seu subtipo confinante, as duas camadas serão impermeáveis, sendo geralmente constituídas de argilas.

Nesse caso em particular, existe uma pressão maior que a pressão atmosférica. De tal forma que, quando explorado sua água jorra, como forma de aliviar a pressão que havia ali. Sua forma de exploração geralmente é com os poços artesianos.

Esses aquíferos, por serem mais profundos, demoram a absorver substâncias tóxicas e se contaminar. Todavia caso ocorra, é muito mais difícil de ser recuperado.

Os impactos ambientais sofridos pelos aquíferos

Os aquíferos, mesmo os mais profundos, podem sofrer com as ações ocorridas na superfície. Os impactos mais sofridos pelos aquíferos são:

Contaminação

A contaminação pode acontecer por razões diversas. Desde uma ocupação do solo acima daquele aquífero que não levou em consideração a sua existência, até mesmo as proximidades deste aquífero que se utilizem de materiais de alto gradiente hidráulico, que permite uma movimentação maior quando infiltrado.

Dentre as possíveis causas da contaminação constam: infiltração de efluentes industriais, vazamentos, aterros sanitários e lixões instalados em cima ou próximos de aquíferos, uso indevido de fertilizantes nitrogenados, entre outros fatores.

Mas, a contaminação mais agressiva e que impossibilita o uso dos aquífero em qualquer momento, na maioria das vezes, é a contaminação advinda de produtos químicos.

Superexplotação do aquífero

A superexploração do aquífero é um impacto que pode acabar com a reserva. A má explotação do aquífero impossibilita que ele possa se renovar com a infiltração de águas de chuvas.

Além disso, a superexplotação dos aquíferos pode causar entre outras coisas, o rebaixamento do solo, além da indução de água contaminada das proximidades do aquífero para ele, pela mudança de pressão do local. Outro ponto é a salinização da água do aquífero, causado pelo avanço da água do mar em regiões litorâneas. Algumas cidades como Lima (Peru) e Rio Grande e Natal (Brasil) já sofreram com essa salinização dos aquíferos de suas localidades.

Aquíferos e o abastecimento de água

Os aquíferos são mundialmente conhecidos para o abastecimento de água, porque em muitos casos (principalmente nos casos em que ele é confinado), sua água já sai limpa e pronta para o consumo. Isso reduz bastante custos com a purificação da água e dá maior acesso às comunidades mais carentes.

Contudo, um dado muito interessante é que pouco mais de 1% de toda a água explotada de poços artesianos no Brasil é registrado. Dessa forma, tem-se pouquíssimos dados para que estudos sejam conduzidos sobre a qualidade dessas águas. Bem como, se pela desinformação, esses poços não foram contaminados de alguma forma.

Agora, quando falamos dos volumes explotados desses poços, pode parecer pouco pois não há uma divulgação em massa ou acha-se comumente que esses recursos são utilizados somente em última instância. Mas, o Brasil tem um volume de retirada de água desses poços de mais de 17.580mm³/ano. Esse volume é suficiente para abastecer, em um ano, o equivalente a 10 regiões metropolitanas do tamanho de São Paulo. Dá pra imaginar a dimensão disso?

Quer saber um pouco mais sobre as utilizações e o licenciamento de água leia o nosso texto: Água: um bem nacional regulamentado.

 

Os Principais Aquíferos Brasileiros

O Brasil, além ter uma grande quantidade de rios de água doce, tem muitos aquíferos para manter o abastecimento desses. Dentre eles, comentarei principalmente do Aquífero Guarani e do Aquífero Alter do Chão.

Esses dois aquíferos são as maiores reservas mundiais de água doce, junto com locais como o Lago Baikal na Rússia.

Aquíferos de Guarani e Alter do Chão. Fonte: Igui Ecologia.

O aquífero Guarani, que já foi um dia considerado a maior reserva de água doce do mundo, é um aquífero transfronteiriço entre Brasil , Paraguai, Argentina e Uruguai. Esse aquífero tem uma extensão de 1,2 milhão de km², em que 2/3 deste se encontram no Brasil. As camadas arenosas que dão origem a esse aquífero podem ter de 50m a 800m de espessura e que se encontram a 1800m de profundidade. Para que sua reserva não seja superexplotada, apenas 5 mil m³/s são retirados, mantendo assim sua recarga.

A maior reserva de água doce do mundo

Já o aquífero Alter do Chão, roubou o posto de maior reserva de água doce do mundo em março de 2019. Isso ocorreu quando um grupo de pesquisadores percebeu que, apesar de sua extensão ser menor, sua espessura de camada era muito maior. Então isso tornou essa reserva duas vezes maior que o Aquífero Guarani. Este aquífero se estende pelo Amazonas, Amapá e Pará, e representa um volume de 86 mil km³ de água potável.

Em contraste com o Aquífero Guarani que se encontra em sua maioria debaixo de rocha, o aquífero Alter do Chão encontra solo arenoso acima dele em sua totalidade, causando uma boa superfície para sua recarga. Além disso, nesse caso, o solo arenoso funciona como um filtro e a água, quando explotada, já pode ser consumida, sem nenhum tipo de purificação.

O aquífero é utilizado para abastecer 40% da população de Manaus.

E aí gostou de saber sobre os aquíferos e que a maior reserva do mundo é brasileira? É importante salientar que detemos boa parte da água doce do mundo e que os aquíferos são a maior fonte de recarga e água doce sem contaminação que podemos esperar. Além disso, cuidar de nossos recursos hoje em dia é manobra estratégica para as gerações futuras.

 

Autora: Gabriella Lorena

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