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Mineração na China

Mapa da China colorido com as cores da bandeira chinesa
 

A China representa a segunda maior economia do mundo. Além de ser o quarto maior país do mundo em território e de possuir 18,5% de toda a população mundial. O país também possui uma economia bastante diversificada, variando, na maioria das vezes, entre a produção de alimentos, produtos e a mineração. Tudo isso junto confere à China esse posto de uma das economias mais fortes do mundo, perdendo apenas para os EUA. 

Além disso, a economia chinesa é uma das que mais crescem todos os anos. Embora a economia local tenha desacelerado nos últimos anos, o PIB do país cresceu 6,6% no ano de 2018. O que é bem maior que a média das maiores economias do mundo.

Uns dos destaques da economia local é a diversificação da matriz econômica. O país é o maior produtor de alimentos do mundo. Possui a indústria mais competitiva do mundo e, cada vez mais, ocupa um lugar de destaque no mercado de tecnologias.

O setor minerário não está fora de todo esse crescimento econômico. Nesse sentido, a China é um dos países que mais se destacam em todo o mundo. Uma vez que é líder na produção de vários tipos de minérios como ferro, alumínio, ouro e grafita.

 

O crescimento econômico chinês

Até o final da década de 70, a economia chinesa dependia quase que exclusivamente da agropecuária, que era o setor que possuía a maior participação do PIB local. Entretanto, em 1979, com a entrada no poder de Deng Xiaoping, a China passou a se abrir para a economia capitalista e para a globalização.

Nesse período, a China investiu de forma pesada nos setores minerários, industriais, educacionais (sobretudo técnicos), energéticos, de pesquisa e de tecnologias. De tal forma que o país pôde passar por um crescimento econômico muito grande desde a década de 90 até os dias atuais. Nesse meio tempo, o PIB chinês saiu de um montante de 150 bilhões de dólares para 12,2 trilhões de dólares, sendo o país que mais cresceu economicamente nesse período.

Contudo, o crescimento econômico chinês não necessariamente passou por uma melhoria da qualidade de vida de toda a sua população. Embora o número de pessoas abaixo da linha da pobreza, no país, tenha despencado radicalmente nessas últimas décadas, os chineses continuam possuindo uma das mãos de obras mais baratas do mundo, com salários muitas vezes injustos para a jornada de trabalho.

Além disso, durante esse período, pouco se fez no país para que se construísse um sistema de crescimento econômico sustentável. Como consequência, hoje o país possui as cidades com o maior índice de poluição no ar. De maneira idêntica, os rios chineses também se tornaram um dos mais poluídos do mundo nesse período.

 

A geologia chinesa

O relevo da China é bastante complexo e contrastado, ele se caracteriza principalmente por suas imponentes cadeias montanhosas, que ocupam cerca de um terço do território. Ela pode ser dividida em quatro regiões distintas: oriental, sul-ocidental, norte-ocidental e litorânea.

Geografia física da China
Geografia física da China. Fonte: Antonio Boix

Na região sul-ocidental destaca-se a presença da Cordilheira do Himalaia que, dirigindo-se a norte abre espaço para o Planalto Tibetano, considerado como o “Teto do Mundo”. Na parte oriental/litorânea norte é possível observar dobras no relevo que se contrastam com a parte litorânea sul, sendo esta alta e retilínea.

 

A mineração na China

A mineração é um dos setores que mais cresce na China. Dados de 2005 apontam que esse setor foi responsável por cerca de 5,6% do PIB, aumentando quase 1 ponto percentual em relação ao ano anterior. O país é um dos maiores consumidores de produtos para mineração, especialmente commodities como carvão mineral e minério de ferro, representando entre 49% e 58% da demanda global.

Dados da Mineração chinesa
Participação da Mineração no PIB da China. Fonte: China Statitical Yearbook 2004/2005

É importante ressaltar também que, em 2017, já havia mais de 10.000 minas no território chinês, sendo a maioria de carvão. Esse expressivo número impacta diretamente em indústrias de aço, cimento e fertilizante.

Os depósitos chineses

No território chinês, observa-se grande presença de depósitos de ferro, manganês e bauxita.

Os minérios de ferro são em sua maioria magnetíticos, havendo também hematíticos e limoníticos. Sendo encontrados principalmente na porção oriental, nas províncias de Shanxi, Jilin e Shandong. Essas reservas chegam em concentrações minerais que variam entre 30% e 60%.

Reservas de minério de ferro na China em mapa
Reservas de minério de ferro na China. Fonte: Zho Xun 2006

A mineração na China é a sexta colocada com relação às reservas de manganês, sendo essas localizadas na região sul do país. As principais empresas mineradoras desse recurso são a Chongqing Tycoon Manganese e a Guangxi Dameng Manganese Industry Group.

As reservas de manganês em mapa
As reservas de manganês. Fonte: Zho Xun 2006

Além desses, a China é responsável por 15% da bauxita mundial e de 34,6% do alumínio mundial. Destaca-se a Chinalco como maior empresa do ramo e a única chinesa de dimensões mundiais.

As reservas de bauxita em mapa
As reservas de bauxita. Fonte: Zho Xun 2006

 

Balança comercial chinesa

A China é a maior economia de exportação no mundo. Ela exportou 2,41 trilhões de dólares e importou 1,54 trilhões de dólares. Assim, obtendo um saldo positivo de 873 bilhões de dólares em 2017.

Dentre os principais destinos de exportação, citam-se os Estados Unidos (que importou US$476 bilhões), Hong Kong (US$255 bilhões) e o Japão (US$157 bilhões). Para esses países exportam-se equipamentos de transmissão, unidades de disco, telefones e peças de máquinas.

Já, entre as origens de importação, encontram-se a Coreia do Sul (US$149 bilhões), Japão (US$136 bilhões) e outros países da Ásia (US$151 bilhões). Os principais itens de importação desses países são circuitos integrados, carros, minério de ferro e ouro.

 

Como a China impacta nos valores das commodities

Com o passar dos anos, o governo chinês passou a promover o uso limpo e eficiente dos combustíveis fósseis. Dessa maneira, a indústria de carvoeira é uma das mais afetadas, devido à demanda de carvão limpo.

Nesse cenário reducional de emissão de poluentes, a China busca cada vez mais, por exemplo, um minério de ferro de maior qualidade. Uma vez que, com isso, na produção de aço, se reduz a necessidade do coque, que é altamente poluente.

Essa busca impacta principalmente na alta dos preços dos minérios de maior qualidade em detrimento da baixa no preço do minério com teor mais baixo. Em termos de comparação, o minério com teor de 62% estava cotado em US$70,00 a tonelada, enquanto que um de 65% era negociado a US$96,40 a tonelada no ano de 2018.

 

Previsões da influência chinesa no mercado nos próximos anos

As empresas de mineração na China estão buscando ampliar seus locais de atuação. Um exemplo disso é a Zijin Mining Group Co. que se aventurou e comprou minas de ouro no exterior.

Essas ações vão de contramão à maioria dos produtores de metais do país. E, caso isso continue, pode reduzir a dependência da China de produtores estrangeiros, aumentar seu poder nos mercados e pode até mudar a dinâmica do mercado minerário mundial.

 

Autor: Juan Pedro

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